A onda de assassinatos começou após a morte de um policial militar na manhã de sexta- feira em um tiroteio no bairro da Cabanagem, em Belém. Rafael da Silva Costa tinha 29 anos, era soldado da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e atuava na perseguição a suspeitos de assalto. Durante troca de tiros com os suspeitos, Rafael foi atingido na cabeça e chegou a ser levado para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua, mas não resistiu aos ferimentos.
Após a morte de Rafael, houve o registro de 24 homicídios na capital paraense em 24 horas. Segundo o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Orlando Salgado, todas as mortes têm características de execução. Além dessas, outras três mortes foram registradas, sendo dois atropelamentos e um espancamento. O Governo do Estado admitiu a possibilidade de uma relação entre a morte do soldado e os crimes de execução.
Em nota, a OAB/PA lamentou a morte do soldado PM Rafael da Silva Costa, bem como a série de crimes, analisando o caso como “onda de extrema violência”.
“Infelizmente, nosso Estado vem amargando o quarto lugar no ranking de mortes por intervenção policial, segundo dados do Conselho Nacional do Ministério Público em 2016, no total de 237 mortes. Além disso, o Estado do Pará registrou 4.196 mortes violentas, representando um aumento de 11,2% em relação a 2015. Como sociedade civil que luta pelo direitos dos cidadãos, a OAB/PA, por meio da Comissão de Direitos Humanos, coloca-se à disposição para quaisquer solicitações de auxílio”, diz a nota da OAB enviada à imprensa no último sábado (21).
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