domingo, 22 de janeiro de 2017

OAB pede agilidade na investigação da série de assassinatos em Belém

                                Parentes das vítimas lotaram o IML para identificação dos corpos. (Foto: Reprodução/TV Liberal)A Ordem dos Advogados do Brasil no Pará (OAB/PA) se manifestou sobre a série de 24 homicídios ocorridos em 16 bairros de Belém entre a tarde de sexta-feira (20) e a manhã de sábado (21) e cobra agilidade do Governo do Estado nas investigações. Além do esclarecimento dos fatos, a Ordem pede “uma postura do Estado em dirimir conflitos e as violações ocorridas nesta tragédia”.
  A onda de assassinatos começou após a morte de um policial militar na manhã de sexta-   feira em um tiroteio no bairro da Cabanagem, em Belém. Rafael da Silva Costa tinha 29 anos,   era soldado da Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e atuava na perseguição a suspeitos de       assalto. Durante troca de tiros com os suspeitos, Rafael foi atingido na cabeça e chegou a ser   levado para o Hospital Metropolitano, em Ananindeua, mas não resistiu aos ferimentos.
 Após a morte de Rafael, houve o registro de 24 homicídios na capital paraense em 24 horas.  Segundo o diretor do Instituto Médico Legal (IML), Orlando Salgado, todas as mortes têm  características de execução. Além dessas, outras três mortes foram registradas, sendo dois  atropelamentos e um espancamento. O Governo do Estado admitiu a possibilidade de uma  relação entre a morte do soldado e os crimes de execução.
 Em nota, a OAB/PA lamentou a morte do soldado PM Rafael da Silva Costa, bem como a série  de crimes, analisando o caso como “onda de extrema violência”.
 “Infelizmente, nosso Estado vem amargando o quarto lugar no ranking de mortes por  intervenção policial, segundo dados do Conselho Nacional do Ministério Público em 2016, no  total de 237 mortes. Além disso, o Estado do Pará  registrou 4.196 mortes violentas,  representando um aumento de 11,2% em relação a 2015. Como sociedade civil que luta pelo  direitos dos cidadãos, a OAB/PA, por meio da Comissão de Direitos Humanos, coloca-se à  disposição para quaisquer solicitações de auxílio”, diz a nota da OAB enviada à imprensa no  último sábado (21).

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